
Projeto RCTS 100 inaugurado no Instituto Politécnico de Bragança
No âmbito do projeto RCTS100, o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior inaugura, amanhã, dia 13 de novembro, no Instituto Politécnico de Bragança, o upgrade de acesso à rede que garante a diminuição do digital divide, capacitando a rede com um aumento de 400%
A Unidade de Computação Científica (FCCN), da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), responsável pela operação e gestão da Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS) - a rede académica portuguesa - a qual garante a interligação e o acesso à internet da comunidade de ensino e investigação, está a reforçar a sua rede através do projeto RCTS100, uma iniciativa ao abrigo do Roteiro Nacional das Infraestruturas de Investigação de Interesse Estratégico, cofinanciado pelo COMPETE 2020, Lisboa 2020, Algarve 2020 e na qual o Instituto Politécnico de Bragança (IPBragança) está incluído.
O projeto RCTS100 representa um investimento na ordem dos 17,2 milhões de euros que tem como objetivo principal o alargamento da infraestrutura de fibra ótica e a atualização tecnológica da rede académica, de forma a garantir a capacitação gradual da rede em múltiplas ligações a 100Gbps, com conclusão prevista para setembro de 2021. Este financiamento vem igualmente garantir o reforço e atualização nas redes locais das entidades de ensino superior, de forma a garantir não apenas a eficiente utilização da nova infraestrutura disponibilizada pela RCTS, mas funcionando também como um acelerador dos planos tecnológicos existentes.
Com esta oportunidade o IPBragança garantiu um aumento de 400% (2Gbps para 10Gbps) da velocidade de acesso à RCTS, assim como a renovação da rede interna, através da aquisição de vários equipamentos de comutação (nível de acesso e distribuição) com capacidade de ligação a 10Gbps e 40Gbps. Foi também garantida a renovação da rede Wireless, com aquisição de novos Access Points (Aps), e do seu Datacenter, com a aquisição de uma unidade de alimentação ininterrupta (UPS).
Para além do IPBragança, são oito as entidades de Ensino Superior abrangidas por este projeto: Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), Instituto Politécnico de Viseu (IPV), Instituto Politécnico de Tomar (IPTomar), Instituto Politécnico da Guarda (IPG), Universidade da Beira Interior (UBI) e Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Nas entidades abrangidas pelo projeto foram realizados vários investimentos, concretamente foi garantido o update tecnológico das redes locais, através do aumento da capacidade de comutação das redes para 10Gbps ou 100Gbps, da atualização e alargamento da rede WiFi (eduroam) e do reforço dos equipamentos de segurança. Como resultado, estas entidades de ensino superior estão agora preparadas para acomodar o aumento do tráfego originado, não apenas pelo aumento de dispositivos ligados à rede, mas sobretudo pelo aumento acentuado na utilização de serviços de streaming, quer em contexto de sala de aulas, como também para desenvolvimento de trabalhos e projetos de investigação. Por outro lado, com a disponibilização de uma rede de elevada performance e qualidade, pretende-se incentivar o uso da tecnologia na sala de aula, como forma de melhorar a aprendizagem. Ao nível da produção científica, a disponibilização desta nova infraestrutura irá potenciar a participação em projetos de investigação com elevados requisitos de conectividade.
Ao nível do backbone da RCTS, foi já garantida a ativação de novas rotas em fibra ótica que resultaram na criação de dois novos anéis: o anel da Beira do Litoral (IPLeiria e IPTomar) e o anel do Alto Alentejo (UÉvora, IPPortalegre, IPSetúbal, IPCasteloBranco e IPSantarém). Como resultado, estas 7 entidades da RCTS beneficiam agora de um acesso à rede académica e à internet no geral mais resiliente e de elevada capacidade, pois passaram a ter disponíveis duas possíveis rotas de acesso à rede. Em termos de comunicação, estes anéis constituem uma vantagem, visto que uma falha grave num dos pontos do anel não se traduz na quebra de conectividade de qualquer uma das entidades servidas por esta infraestrutura.
Assim, a ampliação da infraestrutura de fibra ótica da RCTS contribuirá também para a melhoria da resiliência da rede, face nomeadamente a cortes acidentais de fibra ótica. Por outro lado, foram ativados novos routers internacionais de Lisboa, dotando a RCTS do equipamento necessário à ligação, em múltiplos acessos de 100Gbps, às suas congéneres europeias e à Internet global, e ativados novos equipamentos dos nós centrais da RCTS de Lisboa, de forma a garantir o upgrade tecnológico de nx10Gbps para nx100Gbps.
O que é Digital Divide?
Digital Divide é a assimetria notória entre capacidades de transmissão de dados denotada entre o interior e o litoral.
O que é o eduroam?
É o serviço de mobilidade que permite aos estudantes, docentes, investigadores e colaboradores institucionais, o acesso seguro à internet através do seu login institucional em qualquer entidade participante no eduroam.