
Porque é que o mercado de trabalho na Europa está a mudar?
O mais recente relatório sobre o futuro do mercado de trabalho na Europa, publicado pela Comissão Europeia, revela que as novas tecnologias vão transformar o mercado de trabalho europeu: criar novos empregos, mudar aquilo que é feito e a forma como é feito.
O relatório “The changing nature of work and skills in the digital age”, apresentado pelo Joint Research Center, da Comissão Europeia, concluiu que as novas tecnologias vão redefinir milhões de postos de trabalho, que as competências digitais vão ser transversais e valiosas na grande maioria das funções, além de se tornarem cada vez mais importantes e necessárias para conseguir novas oportunidades de emprego. Esta transformação vai levar a uma mudança de perfis de trabalho, revela o relatório, que inclui o aparecimento de novas tarefas e uma alteração das que agora existem o que vai exigir dos colaboradores uma adaptação a novas formas de organizar o trabalho, novas ferramentas e novos métodos.
O relatório apresenta alguns exemplos de empregos que estão a crescer atualmente e que não existiam há dez anos: assistente virtual, influenciador, especialista em SEO, engenheiro de automóveis autónomos, produtor de podcasts e operador de drones. O Executivo europeu parece já ter assumido que milhões de empregos na UE vão ser transformados pela automação, principalmente aqueles que exigem níveis relativamente baixos de educação formal, que não envolvem interação social complexa e que implicam tarefas manuais rotineiras.
De acordo com o relatório, até 2030, os empregos que mais devem crescer são os que exigem estudos universitários, uso intensivo de competências sociais e interpretativas e conhecimentos básicos de TIC (Tecnologias de Informação e de Comunicação). Os que mais procura deverão ter são os empregos que implicam a combinação de competências digitais e não cognitivas (como a comunicação, o planeamento ou o trabalho em equipa).