
Governo aposta em novas áreas tecnológicas estratégicas
O Governo vai financiar o Programa UT Austin nos próximos dez anos, que se irá focar nas áreas da computação avançada, nanotecnologia, interações espaço-terra, física médica e inovação e empreendedorismo. A notícia avançada pela Lusa explica que este programa conta com a parceria internacional da Universidade de Austin no Texas (EUA) e assume-se como uma colaboração internacional em tecnologias emergentes e “novas áreas estratégicas”.
A aposta estratégica nas áreas da computação avançada, vai “alterar completamente as áreas de trabalho, os modelos e os formatos de colaboração”, explicou à Lusa, José Manuel Mendonça, professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, presidente do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESCTEC) do Porto e diretor nacional do programa.
José Manuel Mendonça considera que o investimento nas tecnologias emergentes sinaliza a entrada de Portugal no campo científico e corresponde a um esforço para a utilização de “mecanismos de observação da Terra”, que permitam a análise de questões como a erosão costeira e os incêndios florestais.
A capacitação de técnicos para as áreas da física médica e do tratamento do cancro, assim como a computação, são, também, apostas futuras do Governo e salienta “Não se pode dar esse passo sem capacitar técnicos nestas áreas”.
Já no campo da computação avançada destaca a oferta de um supercomputador à Fundação da Ciência e Tecnologia por parte da Universidade de Austin, mais um passo rumo à terceira fase do programa que visa “rasgar novas áreas” e apostar “no treino, na formação, na investigação e na economia” e dinamizar as comunidades científicas dos dois países. “É preciso dinamizar as comunidades científicas dos dois países, assim como é preciso arrastar as empresas portuguesas para colaborarem nestes projetos de investigação” acrescentou.
As candidaturas aos projetos nas cinco áreas distintas iniciar-se-ão, previsivelmente, no próximo ano de 2019.
Fonte: Lusa