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DADOS
O Índice de Igualdade de Género atribui à UE e aos Estados-Membros uma pontuação de 1 a 100. Uma pontuação de 100 significaria que um país alcançou a plena igualdade entre mulheres e homens.
Com uma pontuação de 67,4 em 100, Portugal ocupa a 15.ª posição na UE no Índice de Igualdade de Género. A pontuação está 2,8 pontos abaixo da pontuação para a UE no seu conjunto.
Desde 2010, a pontuação de Portugal aumentou 13,7 pontos, principalmente devido a melhorias nos domínios do tempo (+ 29,1 pontos) e do poder (+ 22,5 pontos). Desde 2020, a pontuação de Portugal aumentou 4,6 pontos, o que constitui uma das maiores melhorias entre os Estados-Membros neste período. Este facto pode ser atribuído a melhorias nos domínios do tempo (+ 20,3 pontos) e do trabalho (+ 3,1 pontos). Portugal manteve a mesma posição que em 2020, ocupando o 15.º lugar no Índice.
Saiba mais em Portugal | 2023 | Gender Equality Index | European Institute for Gender Equality (europa.eu)
Espera-se que Portugal dê um contributo positivo para alcançar as metas da Década Digital da União Europeia. Foram feitos progressos na melhoria da infraestrutura de conectividade para redes fixas e móveis, embora ainda se mantenham grandes desafios. Muitas pessoas carecem ainda de competências digitais essenciais e o nível de inscrição em programas de educação em TIC é baixo.
Na componente do Capital Humano destaca-se:
- Portugal reduziu em 3 pontos a exclusão digital comparativamente com o período homólogo. Em 6 anos, reduziu de 22% em 2017 para 13% em 2023;
- Portugal está a fazer progressos nas competências digitais: 55% da população entre os 16 e os 74 anos possui pelo menos competências digitais básicas;
- A percentagem de mulheres especialistas em TIC é de 20,4%, acima da média da UE de 18,9%.
Na edição de 2022, do Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade (IDES), um dos principais destaques para Portugal é o aumento da percentagem de especialistas em TIC, que é agora de 4,7%, aproximando-se da média da UE (4,5%). No entanto continuam a existir disparidades entre as empresas e as pessoas no que se refere à adoção das tecnologias de informação e comunicação. Segundo o relatório, para reduzir o fosso digital em Portugal, seriam necessários mais diplomados no domínio das TIC.
O estudo realça também o trabalho na Igualdade de Género nas TIC, em que Portugal subiu duas posições, estando acima da média europeia. Este equilíbrio de género nas TIC é também transversal ao INCoDe.2030.
O documento revela ainda que “Portugal intensificou os seus esforços para aumentar o nível de competências digitais das pessoas em geral e da população ativa em particular, alargando o âmbito da Iniciativa Nacional Competências Digitais INCoDe.2030“.
EUROSTAT 2021
percentagem de mulheres disparou 6,5 pp, revelaram os dados divulgados pelo Eurostat. Apesar de um ligeiro aumento na
última década, as mulheres representavam menos de um quinto dos especialistas em TIC (19,1%) em 2021. Entre os Estados-
Membros da UE, as percentagens mais elevadas de mulheres entre os especialistas em TIC empregados foram observadas na
Bulgária (28,2%). Roménia (26,0%) e Malta (25,6%), enquanto as menores percentagens foram na República Checa (10,0%),
Hungria (14,0%) e Eslováquia (14,9%).
Distribution of ICT specialists by sex
(%,2021)
- Women
- Men
O painel de avaliação WiD é uma das ações implementadas para avaliar a inclusão das mulheres em empregos, carreiras e empreendedorismo digitais. É publicado em conjunto com o Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade (IDES), mas dá uma perspetiva mais alargada da comparação dos indicadores portugueses de homens e mulheres entre si, e com a União Europeia.
Na última década, o nível de escolaridade da população aumentou de forma significativa, com o reforço da população com ensino superior e com o ensino secundário e pós-secundário. Os Censos 2021 revelam que a população com ensino superior é de 1 782 888 indivíduos, representando 19,8% da população com 15 ou mais anos (13,9% em 2011). A população com ensino secundário e pós secundário progrediu de 16,7% para 24,7%.
Os Censos 2021 evidenciam que as áreas de estudo preferenciais no ensino superior eram: “Ciências empresariais, administração e direito” (21,8%) e “Saúde e proteção social” (15,2%). Em contrapartida, a área de estudo “Agricultura, silvicultura, pescas e ciências veterinárias”, foi a menos frequentada, representando apenas 2% da população com ensino superior.
Fazendo uma análise por género, é possível concluir que os homens optaram sobretudo pelas “Tecnologias da informação e comunicação (TICs)” (80,5%) e pela “Engenharia, indústrias transformadoras e construção” (68,3%). Já entre as mulheres, a preferência foi para as áreas da “Educação” e da “Saúde e proteção social”, com uma proporção de 84,4% e 77,2%, respetivamente. As áreas de estudo STEM – Science, Technology, Engineering and Mathematics têm um peso de 22,8%, sendo superior nos homens (36,9%) comparativamente às mulheres (13,4%).
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